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domingo, 25 de setembro de 2011

Vencendo o desânimo

Que contraste! Em 1 Reis 18, Elias era forte e corajoso. Logo no próximo capítulo ele entrou em pânico e fugiu para salvar sua vida. O que acontecia? O que enfraquecia este grande profeta e fazia com que ele esquecesse seu dever? Era o desencorajamento que fazia Elias cair. Precisamos tomar cuidado porque o desânimo pode incapacitar nossa vida espiritual também.

O contexto da vitória de Elias no capítulo 18 é impressionante. A idolatria, especialmente a adoração de Baal, dominava o país de Israel. O rei e a rainha desta nação, Acabe e Jezabel, eram totalmente corruptos. Neste ambiente espiritual desanimador, a voz solitária de Elias soava em oposição. Ele lançou um desafio aos falsos profetas para disputarem para ver quem era o Deus verdadeiro. A competição seria simples: seriam preparados sacrifícios no altar e o deus que respondesse com fogo do céu para queimar o animal seria o vencedor. Os resultados foram inconfundíveis. Os idólatras clamaram a Baal desde a manhã até o meio da tarde, mas não houve resposta. Em contraste, Elias cavou uma valeta em volta do seu sacrifício, molhou o animal com doze baldes de água até o ponto em que a valeta ficou cheia e então, calmamente pediu ao Senhor que o consumisse. O fogo de Deus não somente queimou o boi, mas também as pedras do altar, a água da valeta e até a terra em volta dele. Esta demonstração dramática convenceu o pov, e os falsos profetas foram executados.

Imediatamente após, Elias partiu para o palácio em Jezreel, onde Jezabel mandou dizer que planejava matá-lo no dia seguinte. Desanimado, Elias fugiu. Ele disse ao Senhor que queria morrer e então fugiu durante quarenta dias e noites. O desânimo nem sempre é pecaminoso, mas leva ao pecado freqüentemente. Neste caso, a depressão do profeta levou-o a esquecer seu posto de serviço, fraquejar em sua fé em Deus e, finalmente, tornar-se egoísta. Ele se queixou que era o único restante que servia ao Senhor fielmente. A vida de Elias, então, oferece um modelo útil para estudar o desencorajamento, o que o causa e como vencê-lo.

Causas
Ironicamente, um dos principais fatores que produziam o desânimo de Elias era a grande vitória que ele conseguira no Monte Carmelo contra os falsos profetas. Vitórias espirituais decisivas são momentos especialmente vulneráveis; somos mais suscetíveis nesses momentos tanto ao orgulho como ao desencorajamento. Neste caso, sem dúvida, Elias previu um reavivamento avassalador. Talvez ele esperasse que Acabe e Jezabel de

algum modo conduzissem a nação inteira ao arrependimento. Assim, o desafio continuado de Jezabel foi uma decepção. A mesma coisa pode acontecer conosco. Quando as coisas vão bem, nossas expectativas são grandes. Então vem o revés, e ficamos desencorajados.

Uma segunda coisa que causou a depressão de Elias foi seu fracasso em conseguir os resultados desejados. Depois de anos de fidelidade ao Senhor e depois da matança dos falsos profetas, nada tinha realmente mudado. Ou assim parecia. É extremamente desanimador trabalhar, trabalhar, trabalhar e mesmo assim não ver resultado positivo. Isto não é incomum. Noé, um pregador da justiça (2 Pedro 2:5), procurou salvar somente sua própria família. Jesus mesmo foi desprezado e rejeitado (Isaías 53:3; João 1:11). Muitos dos mais diligentes servos de Deus têm experimentado a frustração de ver os pequenos resultados de seu labor. Quando vemos pouco ou nenhum fruto de nossas atividades no serviço do Senhor, precisamos ser pacientes (Gálatas 6:9) e confiar em que a colheita virá (1 Coríntios 15:58). Terceira coisa, Elias estava desanimado porque aqueles que deveriam estar servindo o Senhor se esqueciam dele. Acabe e Jezabel deveriam ter sido os guias espirituais daquela nação. A conduta deles era desmoralizante. Para nós, poem ser os irmãos que nos desapontam. A oposição do mundo não surpreende, mas quando vemos aqueles que declaram estar servindo o Senhor voltar suas costas a ele, isto se torna mais do que podemos suportar. Isto não é um problema novo. Josué e Calebe ficaram virtualmente sós (Números 14). Num momento crítico em sua vida, Paulo foi abandonado por todos os irmãos (2 Timóteo 4:16). Precisamos continuar servindo a Deus, independente da resposta dos outros (Habacuque 3:17-18).

Uma quarta causa do desencorajamento de Elias foi a comiseração de si mesmo. Ele estava sentindo pena de si mesmo. Ele sentia que estava só, que todos os outros tinham abandonado o Senhor. É difícil ficar deprimido quando se está fixo na obra do Senhor, mas quando se está pensando principalmente em si mesmo, o desânimo quase sempre acontece.

A culpa era uma causa final da depressão de Elias. Ele tinha abandonado sua responsabilidade e agido sem a orientação de Deus. Ele sabia que estava errado porque estava na defensiva quando o Senhor falou com ele. Precisava de perdão e necessitava voltar ao seu posto de serviço. A culpa freqüentemente produz depressão. Algumas vezes, quando estamos abatidos, não precisamos simplesmente arranjar um modo de sentir melhor, mas precisamos de arrepender.

A pergunta de Deus
O Senhor veio a Elias duas vezes e perguntou: "Que fazes aqui, Elias?" (1 Reis 19:9, 13). Aqui estava um homem bom e justo que tinha caído. Como Deus lidaria com ele? Deus não ficou aborrecido ou desistiu dele. Por outro lado, Deus também não o mimou. O Senhor desafiou-o diretamente, ajudando-o a superar seu desânimo, e reassumir seu serviço fiel. É encorajador perceber que Deus cuida de seus servos fracos e decaídos, e que ele trabalha para encorajá-los e restaurá-los. É também bom ver o modelo do Senhor quando procuramos ajudar a reerguer nossos irmãos quando se tornam abatidos. Não devemos abandoná-los com desprezo, mas também não devemos só tentar fazê-los se sentir melhor. Precisamos desafiá-los e ajudá-los a se levantar novamente na obra do Senhor.

Curas
Quando o Senhor visitou Elias na montanha e perguntou o que ele estava fazendo ali, Deus lhe disse para sair "e põe-te neste monte perante o SENHOR." Deus mostrou a Elias um vento grande e forte que quebrou as rochas da montanha em pedaços, depois revelou um terremoto e depois um fogo. Cada um deles demonstrava o poder de Deus, algo que Elias precisava ver urgentemente. Ele precisava de mais confiança no Senhor; precisava ver quem estava ao seu lado. Mas, surpreendentemente, o Senhor não estava no vento, nem no terremoto, nem no fogo. Por fim, Elias ouviu um sopro suave e ali estava o Senhor! A lição parece ser que precisamos confiar no Senhor até mesmo quando não vemos nada dramático. Deus pode trabalhar quieto, por meios pequenos e aparentemente insignificantes. Precisamos deixar mais nas mãos de Deus e não esperar que ele sempre opere de uma maneira dinâmica e impressionante. Elias estava esperando um vento, um terremoto e um fogo, mas o Senhor estava num som soprado suavemente. Em tempos de desencorajamento, confiemos no Senhor, esteja ele agindo sensacionalmente ou imperceptivelmente.

Deus deu a Elias uma tarefa para cumprir. Ele lhe disse que ungisse Azael como rei sobre a Síria e Jeú como rei de Israel, e Eliseu como seu próprio sucessor. Elias precisava apressar-se; sua inatividade lhe havia dado simplesmente mais tempo para se lamentar. Dificilmente, ficamos deprimidos quando estamos ativos. Mas quando nos sentamos e remoemos um pensamento, então ficamos desanimados.

Finalmente, o Senhor falou a Elias sobre os 7000 que jamais haviam se prostrado diante de Baal. Elias não tinha percebido aqueles que eram os verdadeiros servos do Senhor. Ele nunca tinha observado que não era realmente o único restante. Quando estamos desencorajados, nossa tendência é pensar que tudo e todos estão contra nós. Precisamos reconhecer as coisas boas como as más. Conquanto nossa tendência possa ser nos retirarmos daqueles que nos elevariam, os momentos de depressão são, muitas vezes, os próprios momentos em que precisamos mais da amizade de nossos irmãos. Posso não estar com vontade de ir à igreja, ou passar algum tempo com um irmão cristão, mas se eu fizer isso vou me sentir reanimado.

Aplicação
Os cristãos ficam, às vezes, desanimados. Nesses momentos precisamos voltar-nos para o Senhor e permitir que ele nos ajude a superar a depressão, para que não nos enfraqueçamos e nos afastemos dele. E para nós, como para Elias, as soluções são relativamente simples. Precisamos de mais confiança no Senhor, até mesmo quando não o observamos operando de modos dramáticos. Precisamos nos levantar e nos ocupar, deixando de pensar em nós mesmos. E precisamos ver o bem à volta de nós e passar mais tempo com nossos irmãos.


- por Gary Fisher

domingo, 8 de maio de 2011

O que faria Jesus?


JOÃO 2.1-11

Então, ela [Maria] falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser.
(Jo 2.5.)

Fazei tudo o que ele vos disser.
É a única ordem de Maria
Reconhecia em Jesus o seu Messias,
E queria a ele sempre obedecer.
Se quisermos experimentar milagres,
Vendo água em vinho se tornar,
O que é cego, de repente enxergar,
O que está morto enfim se levantar,
É somente obedecer a Jesus,
Que por nós se deu ali na cruz.
Um jovem casal vivia brigando, apesar de se amarem e conhecerem o
amor de Jesus na vida deles. Parece que não conseguiam viver felizes. Talvez
cada um fosse muito “cabeça-dura” e não se dobrasse à vontade do outro. O
egoísmo os fazia sofrer.

Certo dia houve uma séria discussão que quase acabou em agressão física.
A esposa, cheia de mágoas e ressentimentos, resolveu pegar suas coisas e
voltar para a casa dos pais. E começou a subir a escada que levava ao quarto a
fim de buscar seus pertences e sair. Tropeçou em um degrau e caiu. Machucou-
se levemente. Mas, ao erguer a cabeça para prosseguir em seu intento,
seus olhos se depararam com os dizeres de um quadro na parede, ali na curva
da escada. Nele estava escrito: “Em seus passos, o que faria Jesus?”
E ela começou a pensar em como estavam sendo tolos e egoístas. Assentou-
se ali na escada e ouviu o Espírito Santo falando ao seu coração.

Resolveu que ela deveria pedir perdão ao marido primeiro; fato que jamais
admitira. E a reconciliação se iniciou. Depois desse dia, Deus tratou com o
coração deles de tal maneira, que vieram a se tornar conselheiros de casais
no ministério da igreja que freqüentavam.

Um casamento feliz se apóia em consertos de falhas, pedidos de perdão e
reconciliação diariamente. “Perdoe-me, por favor”; essa deve ser a frase que
deve vir sempre acompanhada de um beijo e um abraço.
“Em seus passos, o que faria Jesus?” Eis uma boa pergunta para cada
decisão da vida, principalmente nos relacionamentos.

Pai, ajuda-me a ter um coração humilde e perdoador. Ajudame
a buscar a paz nos relacionamentos familiares, principalmente
a estar pronto a perdoar e a pedir perdão sempre que
for necessário. Amém.

domingo, 17 de abril de 2011

Nem aves nem feras

2 SAMUEL 21.1-14




... não deixou que as aves do céu se aproximassem deles de dia, nem os
animais do campo, de noite. (2Sm 21.10b.)

Quando Davi reinava sobre Israel, houve fome muito grave. Ele consultou
o Senhor, e este o orientou sobre o que deveria ser feito. Anos atrás, Israel
firmara uma aliança com os gibeonitas, jurando-lhes proteção. Entretanto
o rei Saul, no seu zelo, matara a muitos deles. E agora, sete homens da sua
descendência deveriam ser enforcados para acabar com a seca. Entre eles, os
dois filhos que Rispa tivera de Saul foram mortos. Ela tomou um pano de
saco, estendeu-o para si sobre uma rocha, e não deixou que, de dia, as aves
viessem bicar os corpos de seus filhos. E à noite ela espantava as feras. Isto
durou muitos dias, desde o princípio da sega até que a chuva caísse sobre a
terra. Foi dito a Davi a respeito dela, e o rei mandou que se sepultassem os
corpos dos jovens.

Rispa torna-se um exemplo de mãe que está sempre no seu posto. Embora
os filhos já estivessem mortos, ela estava ali impedindo a humilhação de
terem o corpo comido por aves ou feras. Rispa lembra às mães, cujos filhos
estão “mortos” em seus delitos e pecados, que é preciso lutar por eles em
oração. Colocar-se na torre de vigia e não deixar que aves ou feras (demônios
das trevas) venham destruí-los.

O Senhor Jesus traz vida aos “mortos em seus pecados”. Há grande poder
nas lágrimas de uma mãe diante do Rei.
Senhor, tu és o Deus que ouves a oração,
Recolhes as lágrimas do contrito coração,
Em Cristo, na cruz, ofereces sempre o teu perdão,
E uma vida nova, cheia de consolação.

Levantamos a voz a ti, em intercessão
Pelo que está perdido, ferido e até morto então,
Encontre-o, e traga-lhe teu sopro de ressurreição.

Pai, oramos pelos que estão apodrecendo em seus pecados,
longe de ti e do gozo que tua vida traz. Restaura com teu
sopro, oh Espírito Santo, a vida plena no coração daqueles
por quem intercedemos. Venha o perfume da tua vida sobre os
filhos, cujas mães se derramam em lágrimas diante de ti. Amém

segunda-feira, 28 de março de 2011

A vida é uma arte.



Curtir cada momento, saber lidar com as dificuldades, aproveitar os dias bons, ser feliz estando triste, buscar realizações, saber viver cada fase.

A vida é feita de três momentos: o futuro, o presente e o passado.

Todos nós temos dificuldades na vida por causa de algum destes três âmbitos.

Ao ler esta reflexão, tente encontrar aonde você se encaixa mais, para que Deus possa te mostrar como caminhar para que você seja uma pessoa cheia de prazer em viver.

Algumas pessoas que têm dificuldade de lidar com o futuro. A ansiedade e falta de perspectiva fazem com que você sempre sonhe e nunca alcance. Você sente insegurança em encarar o futuro, pois ele é uma incógnita gigante e uma inquietação constante.

Outros têm maior dificuldade de lidar com o presente. A rotina do dia-a-dia te sufoca, e você se questiona incansavelmente sobre a razão de sua vida. Sempre preocupado com os problemas e dificuldades que vêm, você não consegue curtir a beleza da vida.

Por fim, têm aqueles que lutam para lidar com o passado. Você tende a remoer seus erros e amplificar os momentos já vividos. Sem conseguir esquecer as marcas do passado - boas e ruins - você tem dificuldade de superar o passado e viver coisas novas.

E aí, já se identificou com algum destes três?

Apesar de termos um pouco de todos, cada um de nós tende para algum desses conflitos. Por exemplo, se você é um jovem estudando para entrar em uma faculdade, é bem provável que sua luta seja em descansar quanto ao seu futuro. Se você está trabalhando para se sustentar, sua luta pode ser a de conseguir viver uma vida feliz, sem se preocupar excessivamente com as dificuldades de cada dia. E se você viveu coisas incríveis, mas não está vivendo nem perto do que já foi, você pode estar preso no passado, sem conseguir se livrar para viver coisas melhores.

Se seu problema tem sido lidar com o futuro, tenho algo a te dizer.

As coisas mais lindas da vida não são planejadas e nem esperadas. Viva a cada dia como se fosse o último, e faça um esforço para amar seus queridos e curtir a vida. E mais importante que tudo, confie em Deus. Não andem ansiosos por coisa alguma, realmente não vale a pena.

Se sua dificuldade tem sido lidar com o presente, também tenho algo a dizer.

Talvez você precise de férias, ou de sair com os amigos. Até Deus descansou, depois de seis dias de trabalho. Mas talvez você precise de uma pequena mudança na mentalidade: a vida não é só feita do que acontece conosco, mas do que nós fazemos acontecer. Busque a Deus, e você verá sua motivação aumentando e sua visão mudando.

Se sua luta é superar o passado, essas são algumas situações que você pode ter vivido:

1. O passado é um fantasma. Você passou por algo traumático, que define sua personalidade e te faz sofrer. Você não consegue esquecer, e mesmo que não pense mais sobre isso, suas atitudes refletem o trauma que isso gerou em você.

2. O paraíso está no passado. Você namorou alguém muito incrível, ou teve amigos inseparáveis, ou amou muito a Deus, e agora nada disso existe mais. Você quer sempre voltar no tempo e viver no passado, e está preso ao que já foi.

3. O passado é um inferno. Suas decisões trouxeram você para onde você está agora, e te fazem sofrer. Você errou, e se culpa por isso. Você sempre pensa, 'se eu tivesse feito diferente.', e isso é uma âncora que te impede de viver.

Se você tem vivido por alguma dessas dificuldades, há uma saída simples e real: deixe o passado no passado, e não alimente o que já foi.

Não diga: 'por que os dias do passado foram melhores que os de hoje?' Pois não é sábio fazer esse tipo de pergunta. (Eclesiastes 7:10)

Entregue seu caminho ao Senhor, confia nele, e ele agirá. (Salmos 37:5)

Não segure o passado. Deixe-o ir.

Seja qual for sua luta, se lance aos pés da cruz. Este é o lugar aonde você pode descansar e vencer qualquer coisa que possa estar te impedindo de viver.

E depois de um bom tempo refletindo nessas coisas, cheguei a uma conclusão. Para viver a vida e ser feliz, a melhor solução é:

Viva o melhor do presente, abra mão do passado e deixe o futuro nas mãos de Deus.

A minha graça te basta.




"E disse-me (o Senhor): a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então sou forte." II Coríntios, cap. 12, vers. 9 e 10.

Há um grupo de cristãos que se pudessem, arrancariam determinadas páginas da Bíblia, e essa seria uma delas. Há um movimento do Evangelho que só prega bênçãos, e quando sobrevêm as tribulações, não suportam e agem exatamente como aquele homem que edificou a sua casa sobre a areia e desceu a chuva e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda. Mas todo aquele, pois, que escuta e pratica a palavra de Deus, é como o homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha, e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.

Praticar a palavra de Deus, é não omitir nem um jota nem um til do que o Senhor, por intermédio do Espírito Santo, nos deixou registrado na Bíblia. Viver segundo as Escrituras Sagradas, é reconhecer que somos direcionados pelo Espírito de Deus e que as bênçãos do Senhor nos alcançam e que não necessitamos correr atrás delas, mas necessitamos conhecer as Promessas do Pai, conforme está escrito em Deuteronômio, capítulo 28, do versículo 1 ao 13. Citarei os dois primeiros: E será que se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus... E alguém já me disse que são cerca de oito mil bênçãos que o Senhor nos promete de Gênesis ao Apocalipse.

Papai, Aba, tem imenso prazer em satisfazer os desejos do coração, mas acima de tudo, Ele almeja a salvação de seus filhos, pois de que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?

sexta-feira, 4 de março de 2011

De onde vem o socorro?

1 SAMUEL 23.19-29

Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro
vem do Senhor, que fez o céu e a terra. (Sl 121.1,2.)

Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro?
De onde pode vir alento para o que prova o sofrimento?
De onde, água refrescante para a alma suplicante?
De onde, paz que satisfaz
Para o coração que em guerra se desfaz?
De onde, prudência para o falto de inteligência?
De onde, ternura e candura

Para o coração impuro e duro?
De onde, cura e proteção para o insano e ferido coração?
De onde amor, para o que, solitário, se revolve na dor?
De onde companhia e segurança
Para o traído que já perdeu a confi ança?
De onde o toque abençoador
Para o contrito pecador?

O meu socorro vem do Senhor,
Que fez o céu e a terra.
Daquele que me diz:
“Não temas, fi lho meu, te tomo pela mão,
Toco em teu coração, dou-te o meu perdão,
E em meus braços encontrarás eterna proteção!”

O jovem Davi estava sendo caçado pelo rei Saul, por causa da inveja
deste. Os zifeus haviam relatado ao rei onde era o esconderijo de Davi. O
exército imperial era numeroso e encurralou o pequeno grupo de Davi no
alto do monte no deserto de Maom. Mas o “pastor guerreiro” tinha em Deus
o seu escudo e proteção. Clamou ao Senhor. E veio o livramento. Saul teve
de abandonar aquela investida às pressas para lutar contra os fi listeus. Ali, no
alto do monte, Davi encontrou o socorro. O Deus de Davi é o nosso Deus.
Ele é escudo e proteção. Experimente confi ar nele.

Senhor, como é bom saber que estás sempre conosco. Não há o
que temer, pois tu és o nosso escudo e salvação. Em ti, o nosso
coração confi a. Amém.


Pra. Ângela Valadão

É preciso.

É possível e preciso, fazer e conhecer a vontade de Deus.
Sempre nos indagamos se é possível conhecer a vontade de Deus. Se não é, estamos dispensados de obedecê-la e jamais poderemos ser julgados por isso. Se é, você a conhece? Se conhece, tem-na obedecido? Deus nos pediria algo impossível de se praticar? Haverá então alguma razão para não obedecermos à sua vontade?

Jesus ensinou a orar "seja feita a tua vontade" (Mateus 6:10). Uma das condições para a eficácia na oração está em que ela seja feita segundo a vontade de Deus (1 João 5:14). A entrada no reino do céu está reservada àqueles que fazem a vontade de Deus (1 Coríntios 6:9-10; Gálatas 5:19-21). Temos de concluir que é possível conhecer e fazer a vontade de Deus.

A única razão para não nos submetermos à vontade de Deus é a desobediência, a ignorância ou, o desinteresse em não querer conhecê-la. Porém, isto não é característica de um filho de Deus, é? Será possível amar a Deus e não O obedecer, conhecer ou se interessar por Ele?

Temos sentido a necessidade, o desejo, e o anseio por conhecer e fazer a vontade de Deus? Este foi o sentimento do salmista. "Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus" (Salmo 143:10). Você já disse isto para Deus? Se Ele é o seu Deus, vai lhe ensinar a Sua vontade, vai te mostrar o caminho a seguir! Clame a Ele

Precisamos procurar entender o que Deus quer de nós. Paulo diz: "Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor" (Efésios 5:17). A maneira como temos vivido, nossas ações e reações, falam muito a nosso respeito, se temos sido pessoas sem juízo, insensatas, ou pessoas que procuram entender e praticar a vontade de Deus.

E o que Deus quer de mim? O apóstolo responde: procure entender, esforce-se, pense, analise o resultado das suas ações e decisões e descobrirás se Deus aprovou ou não. Precisamos urgentemente ser enchidos com este pleno conhecimento da vontade de Deus, pois só assim poderemos viver e agir como o Senhor quer. "Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual" (Colossenses 1:9).

terça-feira, 1 de março de 2011

Ousar ser diferente



Leia: Daniel 1.8-16

Daniel e seus amigos deveriam comer e beber na mesa do rei. Mas a comida oferecida violava as leis do povo de Deus antes de Jesus. Ainda pior, as comidas na mesa do rei da Babilônia eram dedicadas aos deuses pagãos. Daniel escolheu agir como membro do povo de Deus, não como um pagão. Ele poderia ter dito "eu não tenho outra escolha se não comer o que os oficiais do rei me dão". Mas Daniel ousou ser diferente.

Ele respeitosamente pediu ao oficial um outro tipo de comida. Com a ajuda de Deus, Daniel convenceu o oficial. E ele e seus amigos ficaram mais fortes e mais saudáveis que os rapazes que comeram a comida real. Todos os dias, somos pressionados a seguir idéias anti-cristãs para conseguir boas notas, sucesso no trabalho, lucro fácil e rápido. Somos tentados a pensar: "Eu não tenho escolha. O sucesso depende de agir como todo mundo age." Mas sempre temos uma escolha. Podemos escolher lutar pelo que está certo, ou escolher vender a alma. Então, é preciso ousar ser diferente. Ousar ser um Daniel. Ousar estar só. Ousar ter um firme propósito. Ousar torná-lo conhecido. Deus sempre se levanta a nosso favor e devemos fazer o mesmo.

Pense:
A maioria nem sempre tem razão.

Ore:
"Toma minha vida, Senhor, consagra-a a ti. Tome meu coração, ele é teu. Que seja teu trono real." Senhor, ajuda-me a me posicionar sempre ao teu lado, em todas as situações. Em nome de Jesus. Amém.

As três estacas.

SALMO 32.1-11

Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; e, sob as
minhas vistas, te darei conselho. (Sl 32.8.)

Tu és o meu guia no viver aqui,
Tua Palavra é a minha bússola e me aponta o norte,
Posso seguir, sem mesmo temer a morte,
Posso passar por rios, por estradas, por vales, montes.
Com sol, nuvens ou chuvas. ver do raio, o clarão,
Ouvir o som do trovão,
Sem me assustar, pois sei que vou chegar
À cidade celestial, à mansão eternal...

Conta-se de uma pequena cidade do litoral italiano, onde havia muito perigo
para os navios atracarem. Fizeram uma estratégia especial para iluminar o litoral e
guiar os tripulantes. Os recifes, com grandes pedras, eram numerosos, e o caminho
para atracar era perigoso. Foram colocados três grandes postes como estacas
de referência para os navios. Durante o dia era fácil vê-los de longe, por suas cores
vivas. À noite, acendiam-se tochas enormes no alto de cada uma. Os marinheiros
conheciam esse método de aviso. Para atracar o barco sem o perigo de bater nas
rochas submersas, o timoneiro deveria alinhar as três estacas, e navegar nessa direção.
As três estacas alinhadas deveriam parecer uma só. E nunca houve acidentes
em manobras de navios na história daquela cidade.

Em nossa jornada no mar desta vida, também precisamos ter a direção do
nosso barco “alinhada” com estas três estacas. A primeira é a Palavra de Deus. Ela
sempre nos dá o rumo certo. A segunda, o testemunho do Espírito Santo no nosso
coração, a paz que sentimos quando estamos dentro do propósito do Senhor. E
a terceira nos fala a respeito das circunstâncias. Deus também move as circunstâncias
para nos trazer a direção. Essas três precisam estar “alinhadas”. Assim,
poderemos prosseguir sem medo de errar.

Você tem alguma dúvida hoje? Na maioria das nossas decisões, apenas a Palavra
já nos traz a direção. Em ocasiões especiais, a vontade do Senhor se mostra alinhada
em sua Palavra, no testemunho do Espírito e nas circunstâncias ao redor.

Pai, preciso de tua direção para o meu viver. Ajuda-me a compreender
a tua maravilhosa Palavra, a ouvir a doce voz do
teu Espírito Santo em meu coração e a discernir nas circunstâncias
o teu querer.Amém

Como águias

ISAÍAS 40.12-31

Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como
águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam. (Is 40.30.)

Onde está a sua esperança?
Em que você se apóia para caminhar?
Onde lançou a âncora para desembarcar?
Qual o seu refúgio na tempestade?
Onde se acolhe na calamidade?
Só Deus faz forte o cansado;
Multiplica as forças ao que não tem vigor.
Jamais deixa envergonhado
Ao que nele con? a sem temor.

Os jovens se cansam, e de exaustos caem,
Os orgulhosos do lamaçal não saem.
Mas os que esperam no Senhor
Renovam suas forças, e, sem dor,
Sobem às alturas, sem temor.
São como águias. Voam pela fé,
Bem acima da chuva e de nuvens até.
E banham suas asas no brilho da luz
Do sol da justiça! Esse sol é Jesus!

Os estudiosos dizem que as águias vivem cerca de setenta anos. Após
os primeiros quarenta anos, elas renovam completamente a plumagem, as
garras e o bico. (Elas o perdem, batendo-o fortemente contra a rocha, onde
está seu ninho.) Durante o período de renovação, elas ? cam praticamente
indefesas. Contudo, após esse processo, estão rejuvenescidas e novamente
prontas para o combate.

Assim também somos renovados no Senhor. Não há aposentadoria no
reino de Deus! Ele faz os velhos sonharem com o futuro e os jovens terem
coragem para enfrentar o presente.

Pai, tu és a nossa força e alegria. A “fonte da juventude” está
em te conhecer e viver para a tua glória. Todos os desa? os
da vida cristã são de triunfo na tua presença. Glória ao teu
nome. Amém.
Que Deus abeçoe sua vida!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Tenda na Rocha

A Tenda na rocha...
Isaías 54:2.

Amplia o lugar da tua tenda e estendam-se as cortinas das tuas habitações; não o impeças; alonga as tuas cordas, e fixa bem as tuas estacas

54:3. Porque transbordaras, para a direita e para a esquerda; e a tua descendência possuirá os gentios e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.


Uma tenda é um lugar de proteção e quem arma uma, quer se proteger do relento. Para que essa habitação, geralmente feita de lona, fique realmente segura é necessário:


Um lugar apropriado (areia movediça ou pântanos não sustentam tendas)

Um material de cobertura sem rasgos

Boas estacas

Firmes cordas

Sobretudo, um dedicado armador.

O apóstolo Paulo era um exímio fazedor de tendas, aprendeu o ofício muito jovem, era seu ganha pão e mesmo após ser chamado para ministrar o evangelho continuou a fazê-lo.(Atos 18:1-3).Paulo fazia tendas e "tendas". Todo ministro do Evangelho é especialista em tendas: "tendas do espírito". É sobre essas "tendas" que fala o versículo de Isaías com o qual começamos o texto: Um lugar de refúgio, de salvação que Deus ordena que ampliemos. Não devem haver fronteiras que impeçam as cortinas dessa habitação de crescer e abrigar tantos quantos estejam ao relento. O Senhor ainda pede: Não o impeças. Ele sabe que nós mesmos é que podemos ser o maior impecílio.

O Senhor nos convida a ser um “fazedor de tendas”. As tendas são móveis podendo ser armadas em muitos lugares. Paulo as estendia até mesmo estando na prisão. O carcereiro de Atos 16:27-30, recebeu as cortinas da habitação que transbordaram para direita, e para a esquerda e para sua descendência. Ali mesmo no cárcere, outros presos foram salvos, o carcereiro e sua família.

Salmo 27:5 "Porque no dia da adversidade me esconderá no seu pavilhão: No oculto de seu tabernáculo me esconderá, pôr-me-á sobre uma Rocha." A Bíblia nos revela que Jesus É a Rocha (Dt. 32:4)

Há um lugar onde Ele sempre nos esconderá e onde a salvação nos alcançará:

NA TENDA DA ROCHA

Vaso

No livro de Jeremias, Capitulo 18, Deus conduz o profeta a visitar uma olaria e observar o trabalho de um oleiro. A visão do profeta, serviria de mensagem para toda nação de Israel: Deus, O Oleiro. Israel, o barro. A roda do oleiro, o tempo. A voz de Deus, foi audível, naquele lugar. O trabalho dos oleiros, na confecção de vasos de barro, nunca mudou. É o mesmo, através dos séculos. A mensagem, portanto, a ser transmitida, permanece. O que Deus, nos fala através dessa metáfora?


O Barro: Em seu estado bruto, não serve para manuseio, na roda de oleiro. Precisa, passar por todo um processo, se tornar elástico, para modelagem: Colhe-se o barro, penera, mistura com água, deixa de molho (para livrar das impurezas) e é pisado até sair todas as bolhas de ar(enfraquecem o vaso na hora de passar pelo forno). No forno, o barro, enfim, se torna mais resistente.


O Vaso: Do barro fomos criados (Gn 2:7) e ao barro tornaremos (Ec 12:7). Vivemos, portanto, para o objetivo de sermos levados "a casa do Oleiro". Um digno destino. A olaria, simboliza, o Reino de Deus.


Algumas porções de barro, se tornam, "vasos de honra" (II Tm 2:21). Carregam tesouros (IICor 4:7). Algumas, vasos de desonra (Rm 9:21): Passaram pelo Oleiro, porém, estão a carregar coisas impuras, ilícitas, produtos de roubo, morte e destruição. Relaciono estes, aos apostatas, pessoas que deixaram "o primeiro amor", no afã de se tornarem, servos de Mamon. Vasos de desonra.



Ainda existe, um terceiro e triste destino para um vaso: ser quebrado. "...Deste modo quebrarei eu a este povo, e a esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se..." Jr 19: 11. A quebra do vaso, pelas mãos de Jeremias, tinha o propósito de alertar as pessoas de seus graves pecados. Simbolizava julgamento. Israel, passara, de vaso de honra, para desonra e por fim seria destruída. A utilidade (ou inutilidade) do vaso, define sua longevidade. Que tipo de vaso, estamos sendo?


O ser humano, pecador, cheio de impurezas, barro, no estado bruto, chega a "Olaria" para ser trabalhado. Somos escolhidos (At 9:15), purificados (Jo 17:17), provados (Sl 11:5) e aprovados (IITm 2:15).


O Oleiro: Com destreza e paciência, molda o barro, que, na roda de oleiro, é totalmente dependente D'Ele. Se deixa moldar. Se, ao tomar forma de vaso, o barro, se despedaçar, O Oleiro, torna a juntar a massa e faz outro vaso, ainda melhor. Ele não abandona o vaso, despedaçado em suas mãos.


Deus, anseia que entremos na olaria, no Seu Reino. Só assim o barro ganha forma. Um material, pobre e fácil, tornado excelente. "Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro para que a excelência do conhecimento seja de Deus e não de nós" II Cor 4:7. Um paradoxo: Seres humanos, frágeis, tornando-se instrumentos nas mãos de Deus.E nesse processo, Ele perdoa, a todo que se fizer servo. Ele revigora as forças do abatido, animando-o a prosseguir. Como o vaso, que quebra na roda de moldar e recebe nova vida.


Que Deus em Cristo, nos faça recordar, sempre, que eramos barro, destinados a perdição: Arrastados pela água, ressecados pelo sol, levados pelo vento. O Oleiro, nos recolheu. Entregues em suas mãos, nos tornamos vasos. Moldados para o serviço. Louvado seja O Oleiro!

Por:Wilma Rejane

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A Integridade Moral do Profeta Eliseu

A Integridade Moral do Profeta Eliseu
Pr. Airton Evangelista da Costa
JesusSite

“Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.9-10).

Um homem íntegro. Integridade moral, de caráter, de fé. Ao saber que poderia pedir o que quisesse a Elias, quis apenas “uma porção dobrada do espírito” do profeta. (2 Reis 2.9). Essa unção valeria muito mais do que mil barras de ouro.

A sua retidão de caráter se revelou de forma cristalina quando recusou uma “bênção” de Naamã. O poderoso chefe do rei da Síria iniciou viagem com “dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas” (5.5). Uma fortuna equivalente a mais ou menos trezentos e quarenta quilos de prata e setenta e cinco quilos de ouro, afora as roupas. As portas estariam abertas para ele e seria recebido com honras.

Habituado às reverências e aplausos na casa real, ficou decepcionado com a recepção que lhe dera Eliseu. Pensou que o profeta estaria perfilado, ele e seu moço, à porta de sua casa para saudá-lo. Não se pode negar que, fosse nos dias atuais, Naamã ficaria mui alegre. Teria imediato assento ao lado do celebrante, no púlpito, e seria o primeiro a dar seu testemunho antes e depois da cura.

Por isso, Naamã muito se indignou:

“Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, invocará o nome do Senhor seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso” (5.11).

Há muitos apressadinhos que desejam uma solução rápida para seus problemas. Uma palavra mágica, uma oração urgente, um amuleto em que possam tocar e ficarem sarados. E ricos, muito ricos.

Deus não deseja curar apenas nossos males físicos. Muitas vezes, Ele nos faz caminhar pelo vale da sombra da morte, por caminhos que se nos parecem difíceis, portas e caminhos estreitos para quebrar nossa soberba. Não há vitória sem luta, como não há salvação sem arrependimento.

Naamã, que tinha um exército sob suas ordens, jamais imaginou que fosse obrigado, pelas circunstâncias, a submeter-se a um humilde homem. O profeta não se deu ao trabalho de falar pessoalmente com o poderoso chefão. Mandou um mensageiro:

“Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado” (5.10).

Naamã recebeu o recado como um insulto, uma afronta. Não aceitaria tal ultraje. Ele era o chefe do exército do rei, do rei da Síria. Merecia tratamento honroso. Mas resolveu ouvir o conselho de seus servos; olhou para a lepra que avançava; de que adianta ser um general de guerra e ser leproso? Será que esse tal de Eliseu não sabe que eu sou um homem rico?

A lepra do pecado é muito mais danosa. Eliseu poderia curar Naamã com poucas palavras, mas o leproso voltaria com a mesma soberba. Banhar-se no Jordão sete vezes seria equivalente a descer à casa do oleiro, a assimilar o princípio da obediência. Se Naamã tomasse seis banhos e não sete, não ficaria curado. Deus requer submissão total; entrega total; confiança total.

Após a cura, outra decepção. Instado a receber muitos quilos de ouro e prata como retribuição pelo benefício divino, o profeta simplesmente recusou. É possível que nem tenha conhecido o montante da “bênção”.

Naamã não sabia que existia esse tipo de homem. Pensava que todas as consciências poderiam ser compradas e todo o tipo de fortaleza moral poderia ser vencido com ouro e prata. Diante do que temos visto, o que os leitores acham que aconteceria hoje? Com certeza, receberia Naamã uma oração especial de meia hora; seria apresentado às ovelhas como o irmão Naamã, o maior benfeitor do ministério; seu nome seria colocado numa placa de ouro, em homenagem ao “grande homem de Deus”; seria convidado a ser dizimista da igreja.

Naamã encontrou no profeta uma fortaleza moral inexpugnável. Eliseu recebeu a unção de graça; de graça recebeu o dom da fé, os dons espirituais, a capacitação e a salvação. Receber uma oferta logo após uma cura seria mercadejar os dons recebidos.

O profeta era homem justo e temente a Deus. Sua resposta a Naamã foi uma ducha de água fria:

“Vive o Senhor, em cuja presença estou, que não a aceitarei” (5.16). Faço questão de repetir: “EM CUJA PRESENÇA ESTOU”. Eliseu tinha plena convicção de que Deus estava naquele lugar. Da mesma forma Deus está presente nas falcatruas dos “profetas de Deus” de hoje. A diferença é que Eliseu era íntegro.

Geazi, o moço de Eliseu, não tinha o mesmo pensamento e a mesma integridade. Por isso, recebeu o duro castigo de ficar leproso: “Portanto a lepra de Naamã se apegará a ti e à tua descendência para sempre” (5.27).

Alguns há que não sabem manipular grandes quantias em dinheiro sem se contaminarem. Os geazitas de hoje estão leprosos. São “profetas” a “apóstolos” leprosos. Deveriam se espelhar na integridade moral de Eliseu para servirem de exemplo para o rebanho. Deveriam ter vida “irrepreensível”. Porém, fazem moucos seus ouvidos à advertência do apóstolo:

“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão” (1 Tm 6.11).

A intercessão é uma responsabilidade do cristão.

A intercessão é uma responsabilidade do cristão.
Devemos compreendê-la profundamente e o livro de Daniel é uma ferramenta fundamental que nos ensina com detalhes esta tarefa que nos cabe.
A intercessão é uma responsabilidade do cristão.
Devemos compreendê-la profundamente e o livro de Daniel é uma ferramenta fundamental que nos ensina com detalhes esta tarefa que nos cabe.

Interceder
1. Pedir, rogar, suplicar (por outrem); intervir (a favor de alguém ou de algo) 1. Pedir, rogar, suplicar (por outrem); intervir (a favor de alguém ou de algo)
Intervir
V. t. i.
1. Tomar parte voluntariamente; meter-se de permeio, vir ou colocar-se entre, por iniciativa própria; ingerir-se: &
2. Interpor a sua autoridade, ou os seus bons ofícios, ou a sua diligência: 2
3. Ser ou estar presente; assistir.
V. int.
4. Ocorrer incidentemente; sobrevir: 2
5. Tomar parte voluntariamente, meter-se de permeio, em discussão, conflito, etc.: &

Contexto
O estudo está no livro de Daniel!
Tudo o que precisamos está ali.
Daniel era príncipe do seu povo, nós somos príncipes e sacerdotes do reino de Jesus Cristo.
Daniel estava no exílio da Babilônia, mas era judeu, assim como nós estamos no mundo, mas não pertencemos a este mundo.
Bases da intercessão
• Condição
• Santificação
• Estratégia
• Capacitação
• Revelação
• Oração
Estas bases são essenciais para a intercessão e devemos buscá-las para que obtenhamos o resultado esperado, não necessariamente o nosso, contudo principalmente o de Deus. Nenhuma delas pode faltar. Devemos buscá-las em Deus para cada objetivo de intercessão.
Tenhamos em mente que não poderemos ir para o campo de batalha sem preparação. Podemos ver isso até em filmes como o Robin Hood, ele treinou bastardos para vencer o rei. Sem preparação não chegamos a lugar nenhum. Por isso preparemo-nos para a batalha através das 4 primeiras bases, que são: Condição, Santificação, Estratégia e Capacitação.

Fase de preparação

Condição
Nem todos podem ser intercessores, pois Deus mesmo incomoda aqueles que Ele escolheu. Em Daniel o rei Aspenaz escolhe sábios entre o povo cativo, para ajudar na sua administração, e acaba nos dando uma lista da condição de um bom intercessor:
DN 1:3 - E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes,
DN 1:4 - Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus.

Santificação
Mesmo Daniel sendo escolhido de acordo com a condição, ele sabia que sua força não estava no seu conhecimento ou braço, mas no Senhor dos Exércitos, por isso decidiu não se contaminar com a comida do rei. Isso significa que devemos nos separar da contaminação do mundo, da sua facilidade, pois se tivermos "rabo preso" como poderemos interceder?
DN 1:8 - E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.
A santificação para a intercessão pode ser comparada ao ato do sacerdote de se lavar com água, antes de iniciar seus trabalhos. A água representa a palavra de Deus. Devemos nos encher da Palavra para que possamos tirar de nós impurezas que nos prejudiquem não só para intercessão mas para a nossa vida.

Estratégia
Isso é muito importante. Sejamos simples como a pomba e prudentes como a serpente.

MT 10:16 - Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.

Não podemos lutar sem armas, sem estratégia. Quando escolhemos nos santificar, é certo que muitas coisas aparecerão para nos atrapalhar, e não poderemos perder tempo com isso. Solicitemos a Deus uma estratégia para nos mantermos santificados a quaisquer custos, nos livrando do esquema mundano.

DN 1:9 - Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.
DN 1:10 - E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei.
DN 1:11 - Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
DN 1:12 - Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.
DN 1:13 - Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos.
DN 1:14 - E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias.
DN 1:15 - E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei.

A estratégia também fará parte da oração de intercessão, mas esta deve ser buscada através da revelação dada por Deus, pois aí já estaremos em batalha.

Capacitação
Após obtermos a estratégia de santificação temos que nos capacitar para a intercessão. Não sabemos, por exemplo, o quanto de santificação será necessário para aquela situação. A nossa vontade inicial é de sair orando, expulsando tudo que vier pela frente. Não é assim que funciona. Daniel ficou ainda 3 anos até ser apresentado ao rei. Jesus mesmo disse que certas castas de demônios só poderão ser expulsas com oração e jejum.
MT 17:21 - Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum
De acordo com a estratégia, poderá ou deverá ser feito um jejum.
DN 9:3 - E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza.

Fase de ação
Revelação
Devemos repetir os passos anteriores até que cheguemos naturalmente na revelação. Para isso irmão, entendamos que revelação é ao mesmo tempo um processo e um resultado. Se uma revelação é parcial, ela não deve ser usada. Uma revelação tem de ser provada, principalmente pela Palavra de Deus. Peçamos confirmação a Deus, para que não sejamos confundidos pelo diabo, pois ele pode se disfarçar. Afinal, se nossa causa é justa, o diabo será incomodado, qual seria a estratégia do inimigo?
1JO 4:1 - AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
Se a revelação não é completa ela ainda é um processo e não um resultado, devemos continuar, perseverar até termos algo revelado e confirmado.
Tudo isso deve ser regado com muita oração, santificação através da palavra de Deus e diligência.
Estude o capítulo 2 de Daniel.

Oração
Agora chega a hora da batalha. Munidos de nossa arma, a Palavra de Deus revelada pelo Espírito Santo, santificados por ela, estrategicamente posicionados diante de Deus, é chegada a hora de nos apresentarmos para a batalha. É irmão é isto mesmo uma batalha será travada, um bom combate, um combate que a vitória é certa, pois o inimigo já estará vencido, pois se Deus revelou o que se encontra por trás da situação, já revelou a confirmação através da Bíblia, só nos resta pedir que venha o Reino de Deus sobre aquela situação. Normalmente existe pecado que deve ser retirado, pela misericórdia de Deus. Veja em Daniel um completo exemplo de oração intercessora no capítulo 9.
Ele se coloca em oração, em primeira pessoa do plural. Ele pede perdão pelo povo, mas se coloca como pecador, cometedor do mesmo pecado do povo. Mesmo que ele não tenha feito, ele se coloca na brecha, ele se arrepende de algo que pode não ter feito, ele se coloca no mesmo lugar.
Você já ouviu isso antes?
Jesus se colocou no nosso lugar, e intercede por nós. Interceder por outros é a mesma coisa.
Por isso irmãos, não podemos fazê-lo que qualquer jeito, se não sofreremos as mesmas conseqüências.
E uma vez que definimos de que lados nós estamos, não poderemos mais "marcar bobeira".
Não poderemos mais ir ao estádio, num jogo do Corinthians, com a camisa do Palmeiras, senão apanharemos de verde e amarelo.
Olha, sou testemunha do que aconteceu com a empresa onde trabalho, muita coisa mudou.
As movimentações que Deus fez foram incríveis, sem falar nas conversões.
Por isso interceder é preciso.
Vamos lutar por uma família melhor, uma igreja melhor, um bairro melhor, uma cidade melhor, um estado melhor, um país melhor e um mundo melhor.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vasos para a honra

2 TIMÓTEO 2.14-26

Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata;
há também de madeira e de barro. Alguns para honra; outros, porém,
para desonra. (2Tm 2.20.)


Um jovem chinês foi chamado pelo Senhor para servir-lhe como pregador
e mestre da Palavra. Entretanto, por ser muito culto e cheio de vida, seus
colegas do tempo de universidade escarneciam dele, dizendo:
“Você está desperdiçando a sua vida! Olhe como está no ostracismo,
escondido. Ninguém nem ao menos sabe que você existe, e poderia ser um
grande homem no mundo dos negócios e da política.”

E, com o passar dos dias, Watchman Nee escreveu, pregou e, finalmente,
foi preso. Impedido pelo governo chinês de continuar falando do seu Deus,
na prisão, ele continuava inspirando vidas. Seus escritos são conhecidos no
mundo inteiro. E, como vaso para honra, preparado e útil ao seu possuidor,
assim foi a sua vida até o fim. O mundo não conhece os amigos que escarneceram
dele, mas seu nome e a sua vida são inspiração para milhares. Seus
livros são lidos pelos cristãos em todos os continentes e apreciados pelas
verdades maravilhosas de Deus ali expostas.

Que possamos ser vasos para honra nas mãos do Senhor. Para isso, é
preciso que nos santifiquemos e evitemos o mal, vivendo tão-somente para
agradar ao Senhor.
Sou apenas um pedaço de barro
Tirado por Deus da beira do rio do mundo.

Eu estava ali, triste, feio, imundo,
Quando ele veio e para a sua casa me levou,
E me transformou.
E me perdoou, me lavou com seu sangue precioso
E me deu forma e me fez valioso.

Pai, em tua presença quero sempre viver. Sentir tuas mãos a
me tocarem, moldando o meu ser, fazendo-me belo, à imagem
gloriosa de meu Salvador. Amém.